terça-feira, 22 de setembro de 2009
Ontem foram sonhos...
Preso na outra sala
Olhares memorizados
Em anos de muitos dias
Tantos dias
Que já nem os conto
Nostalgia de amor...
Fui ficando por destino
Ou por aquilo a que chamam
De vontade
Não sei...
Na mesa ficou a mão
Presa de outro gesto antigo
Naquela solidão
Que nunca parte
Nunca se aninha
Nem nunca se importa
De importar...
Fui amornando o amanhã das coisas
Na coberta que destapa a alma
E tentei um sorriso
Que se escapou em lágrima
Fechando o olhar apagado
Em doce nostalgia de amor...
domingo, 20 de setembro de 2009
Vamos lá todos recitar
Juro pela vida nunca me trair
Juro pela vida sempre resistir
Juro pela vida nunca obedecer
A qualquer vontade fora do meu ser
Juro pela vida sempre acreditar
No poder sagrado que nos faz amar
Juro pela vida sempre contrapor
O valor da festa contra o tédio em vigor
Juro pela vida todo me entregar
À paixão do jogo do corpo e do criar
Radical radical radical
Hei-de ser no agir no pensar
Só na luta há festa só na luta há gozo
Para ter um destino aventuroso
Eis o Graal, nosso Graal
O mundo é nosso vamos a ele
O mundo é nosso não há que ter medo
O mundo é nosso vamos com ele brincar.
Luxuria
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Ao anónimo que deixou o comentário...eu conheço a letra da música, que por sinal é excelente
BORBOLETA
Se eu largar eu sinto a sua falta
Se eu agarro ela perde a côr
Ela não é dos meus dedos
É dos meus medos
E faço-me passar por uma flor
Tento imaginar o que ela diz
À espera de aprender
À face da rua existe a lua
Mas não é tua
À margem da estrada não há nada
Mas já te agrada
Tu és o teu mundo
Tu és o teu fundo
Tu és o teu poço
És o teu pior almoço
És a pulga na balança
És a mãe dessa criança
És o mal
És o bem
És o dia que não vem
Agora pára de fazer sentido
Não vês que assim estás a pisar fora da estrada
Vê se agora páras de fazer sentido
Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada
Vê que o meu coração ainda salta
Quer e julga ser capaz
Não o faça por meus medos
Faça nos dedos
E eu fico para ver o que ele faz
Sem imaginar o que eu não fiz
À espera de viver
À face da chama existe a fama
Mas não te ama
À margem do nada não há estrada
Já não te agrada
Tu és o teu preço
És a tua glória
Tu és o teu medo
És a parte má da história
Vê que o sol ainda brilha
Ainda tem por onde arder
Não é mau
Não é bem
São razões para viver
Agora pára de fazer sentido
Não vês que assim estás a pisar fora da estrada
Vê se agora páras de fazer sentido
Não vês que nada nos dirá mais do que nos diz nada
Se eu largar eu vou sentir a sua falta
Tu és tu sempre que tu ésÉs mesmo tu quando pensas que és outra coisa
E tu pensas que não mas tu és mesmo bom a ser sempre
Quem és
Daí o teu motivo ser inapagável
Daí o teu desejo ser incontornável
O prazer é tão maleável
Daí o seu valor ser inestimável.
sábado, 12 de setembro de 2009
Só li hoje...e Gostei
- Sonhei, confuso, e o sono foi disperso,
- Fernando Pessoa
Mas, quando dispertei da confusão,
Vi que esta vida aqui e este universo
Não são mais claros do que os sonhos são
Obscura luz paira onde estou converso
A esta realidade da ilusão
Se fecho os olhos, sou de novo imerso
Naquelas sombras que há na escuridão.
Escuro, escuro, tudo, em sonho ou vida,
É a mesma mistura de entre-seres
Ou na noite, ou ao dia transferida.
Nada é real, nada em seus vãos moveres
Pertence a uma forma definida,
Rastro visto de coisa só ouvida.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
A ILUSÃO
Fechamos então os olhos a certas coisas e preferimos viver na ilusão de que tudo vai bem.
Quantas pessoas não vivem assim a vida inteira de olhos fechados?
O mundo não é um campo florido sem espinhos e em muitas ocasiões, precisamos abrir nós mesmos o caminho para uma vida plena. Uma vida cheia da maturidade, do conhecimento do bem e do mal e a faculdade de poder fazer uma escolha.
O desconhecimento do mal não diminui nosso sofrimento, apenas encobre-o e dá-nos a ilusão de que tudo está bem.
Pessoas mentem porque não têm coragem para encarar a realidade, enfrentá-la e passar por cima dela. Muitos vivem de falsas felicidades, máscaras que preferem colocar diante dos outros e que somente nos momentos mais profundos de se estar consigo mesmos é que as tiram e não podem impedir que as lágrimas corram.Essas horas são verdadeiras, feridas certamente, mas vivas e reais. É a maneira de encarar o mundo que diferencia os que chamamos de fracos e fortes. Os primeiros seguem, os segundos abrem essa embalagem bonita, decepcionam-se com o que encontram e dizem que ainda assim construirão alguma coisa...porque viver é experimentar a vida nos seus pormenores, provar do doce e do amargo e ter no coração a certeza de que as verdades, mesmo doloridas, nos tornam mais fortes e nos condicionam a buscar o que há de
melhor em nós.
domingo, 6 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Nunca
Nunca fales sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toques numa vida se não pretendes romper um coração.
Nunca olhes nos olhos de alguém se não quiseres vê-lo derramar-se em lágrimas por causa de ti.
A coisa mais cruel que alguém pode fazer é permitir que alguém se apaixone por ti quando tu não pretende fazer o mesmo.
...
Nem sabe porque ama, nem o que é amar
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência, não pensar...